Clinica Odontológica Silvânia Rocha

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O poder de uma amizade

Data 22/02/2010

Hoje: João está com 01 mês e dois dias
Hoje: estou casada com Danny Ritter, pai do João
Hoje: Tiago está com 14 anos, 10 meses e 21 dias
Hoje: é mais um dia que eu queria estar com a minha família na minha Bahia

Conhecemos-nos desde a sexta-série e lá se vão mais de 20 anos e hoje somos como irmãs, mas quem sempre me chamou atenção, sempre me deu conselhos para não cair mais ainda nos buracos das minhas crises depressivas era ela. Lula antes de se formar em psicologia já era psicóloga há muito tempo. E desde meninas nos damos muito, muito bem. E hoje falar de Lula é muito mais do que agradecer a Deus por tê-la colocado em meu caminho, mas simplesmente por ela ser tudo que ela é hoje e minha amiga.

E Lula chegou aqui e me encontrou num estágio imenso de uma tristeza que só ela conseguiu ver além de mim, procurou, não achou e buscou no fundo de mim e auto-estima que prometi primeiro a mim e depois a ela recuperar. Não só a mudança de estado, a distância de minha terra, da minha família e amigos e lembro como se fosse hoje e já vai fazer um ano quando ela me viu aos prantos no skype e disse: força minha amiga, não chore você está dentro do olho do furacão, eu já passei por isso e ainda passo às vezes, mas também vai passar para você. E passou. Ela chegou aqui com o Peter, marido e hoje um amigo especial que aprendi a admirar com o tempo e porque ele a faz muito feliz e a felicidade dela agente vê a olhos nus. Chegaram aqui em dois dias que para mim foram inesquecíveis e procurei aproveitá-los ao máximo. Conversamos e muito e também ouvi muito. Muito do que precisava há muito tempo e que ouvi de minha voz interior e algumas vezes me fazia de surda. Saímos e saímos muito, sabe aquela história de que os amigos são os irmãos que escolhemos? Pois é, Lula entra nessa categoria e considero mesmo ela como uma irmã do coração. Hoje a minha relação com a Cristiane minha irmã está diferente e com muito mais amor, graças a Deus e a essa minha experiência aqui. E com Lula essa relação já era assim desde o primórdio de nossa história. Pensei e pensei mesmo que estivesse entrando numa depressão pós-parto só não sabia que ela aconteceria depois de alguns dias do parto. E chorava todos os dias às vezes por motivos e muitas outras sem motivo algum, mas o que mais me deixou triste, mas de certa forma me fez encarar alguns fatos de minha vida com mais frieza até... foi o fato de minha mãe não estar perto de mim. E esse acredito que tenha sido o estopim para a tristeza ocupar o espaço deixado pela alegria e pela auto-estima. Não que o João não tenha me deixado alegre, muito pelo contrário... ele me fez ir lá no fundo de mim e buscar cada sorriso, cada palavra de carinho, cada toque para fortalecer mais ainda o nosso laço.

Lula chegou aqui e acendeu em mim a esperança, a vontade sabe? A certeza de poder ser feliz mesmo quando acreditamos que de alguma forma estamos temporariamente no fundo de algum poço. E me disse que quando chegasse a Salvador iria me indicar uma amiga dela para eu começar urgente uma terapia.

Sempre, sempre tive tendências a terapias, mas quando estou bem e em paz eu que às vezes faço terapias nas pessoas. Incrível isso não é? As provas disso são os grupos de mensagens otimistas, de poesias de alegrias que mantenho na internet. E hoje alguns deles estão sem a minha presença meses e meses. Mas isso é outra parte de minha vida que terei que voltar atrás e recomeçar. E mais uma vez Lula me fez ver o quanto esqueci de mim e de viver de certa forma positiva tudo isso que vi de forma negativa em minha vida. A sogra educada, gentil e doce que tenho e que esteve comigo desde o primeiro choro do João. Ao sol que sempre procurou aquecer meu coração dentro da frieza do meu egoísmo. As arvores que tentam todos os dias me mostrar que Deus existe e que elas são a prova viva disso. A cidade em si que me acolheu bem, independente de minha opinião sobre ela e sua gente. E aqui estou em fase de continuação, de prosseguir sem encarar esse voltar como retrocesso, mas como continuação do meu caminhar em busca da minha felicidade no lugar que eu escolher. E ela me fez ver esse voltar da forma mais positiva emocionalmente falando. Pois o que antes eu encarava como frustração ela me fez ver como processo de amadurecimento, um pequeno estágio nessa grande jornada humana em busca da evolução. Ou seja, faz parte do meu processo de amadurecimento, é um fruto de minha escolha.

E quando a vi sorrindo e segurando o João no braço, decide que não iria tirar uma foto com ela, não como eu estava. Quero e vou tirar fotos com mais sorrisos, batons e adereços femininos rsrsrs. E vi pela segunda vez ela segurando um filho meu, sim porque a 15 anos atrás ela segurou o Tiago nos braços e hoje o João.

Beijos e até a próxima.



Debby

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