Clinica Odontológica Silvânia Rocha

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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Carta do Leitor


 
A Maria tem 37 anos de idade, moram em Bento Gonçalves tem 2 filhos.... e uma história linda para nos contar.
Maria estudou com o João desde o ginásio na mesma escola, no mesmo bairro...
O tempo  passou, a vida caminhou e nem tudo mudou.
A admiração pelo João só aumentava e a Maria com o João sonhava acordada.
Até que num belo dia numa festa típica gaúcha o João olhou para Maria de uma forma..
 
Essa forma que os olhos pedem um beijo, o arrepio um contato.
Em que ficamos horas e horas voltando no tempo ouvindo músicas românticas, nos ligamos em poemas e poesias...
Enfim em que a primavera parece florir em qualquer estação do ano.
 
E foi.. se conheceram, namoraram e chegou o dia em que estavam numa festa de família com quase 2 anos e meio de namoro. O João levou uma aliança e pediu a mãe da Maria em casamento.
 
 
P A U S A  1
O inicio de um casamento eu acredito que é a fase mais importante de um relacionamento, porque acredito que ainda estamos naquela fase de encantamento em que tentamos mascarar (o que eu penso ser natural) nossos defeitos, camuflar alguns vícios enfim.. nos maquiar para o outro melhor nos enxergar.
Mas é justamente essa rotina, esse dia a dia que nos dá os sinais mais do que claros de que vamos dormir e acordar com aquela mesma pessoa durante todos os dias da semana , nos meses e anos que nos dispomos e ficar juntos.
Constituir uma família eu penso ser um dos empreendimentos mais difíceis, caros e lucrativos emocionalmente falando. é quando aprendemos que o amor, o carinho, o afeto e o sentimento quando sincero, quando verdadeiro e quando humano... e que vale a pena peitar essa empreitada.
 
F I M  DE  P A U S A 1 
 
Vamos encontrar a Maria depois de mais ou menos 10 anos de casamento, pensativa.. voltada e a cada dia mais apaixonada pelos filhos e um João um tanto quanto ausente de casa, que abusava um pouco da bebida e que se mostrava longe de ser aquele João carinhoso de antes.
Até que numa noite João chegou mais alto do que nos dias normais, começou a reclamar de tudo em casa, pedir as coisas gritando a Maria.
Que com o carinho materno de sempre.. colocou os filhos para dormirem alegando que o pai teve um dia difícil de trabalho e que estava muito cansado.
Nessa noite
 
e... gente antes de continuar eu queria agradecer de todo meu coração a coragem e a confiança da Maria.
Coragem porque o que irei escrever de agora em diante, talvez choque um pouco.
E confiança porque ela que sempre lê meu blog , resolveu escrever de forma particular a sua história.
 
Nessa noite João agrediu Maria por motivos e detalhes que só a ela pertencem. E praticamente a violentou.
A Maria chorou por duas noites seguidas, duas mesmas noites que o marido não dormiu em casa.
Maria sempre foi temente  a Deus frequentava uma comunidade religiosa em seu bairro e algumas de suas amigas sentiram a sua falta.
 
Para algumas de nós a situação vivida por Maria pode parecer um caso absurdo, que ela deveria ter feito isso ou aquilo.
 
Mas para um coração que ainda ama, que é mãe a esperança é a ultima que morre e se mudarmos isso ou aquilo a situação pode melhorar.
 
A situação de Maria não melhorou e só agravou... ela tem algumas amigas da igreja que contava nos dedos e sabia que podia confiar. A sua família jamais teria coragem de contar. Maria estava com MEDO do marido.
 
Mas a vida nos manda amizades e como eu acredito que nada nos acontece por acaso, principalmente o que nos causa, dor , decepção e tristeza. A Maria(amiga) chamou Maria num dia de igreja e disse que iria com ela na policia dar uma queixa pois a LEI MARIA DA PENHA realmente funcionava no Brasil.
 

 
Os últimos meses até a Maria conseguir a separação foram dias e noites de muita tristeza.
Noites em que o João chegava altamente embriagado e eram surras e mais surras, palavrões.
A decepção, a dor da desilusão com o João foi tamanha que o que antes era bonito foi ficando feio.
Que o que antes era encanto foi dando vazão ao desencanto.
E Maria entrou num serviço de terapia para mulheres que sofreram  de agressão causada pelo companheiro. E foi graças a esse serviço que ela frequenta que após 3 anos de terapia que diz com confiança e segurança que deu a volta por cima.
 
Que os dias ficaram mais leves, tranquilos e que o amor por seus filhos , o cuidado, carinho e acima de tudo respeito da família foram essenciais para que ela saísse do poço.
 
A ultima frase no e-mail da Maria é um apelo, a você que é  mãe, esposa e principalmente mulher.
" Debby o que passei não desejo ao meu pior inimigo, foram noites seguidas de choro, orações e de tristeza. Me sentia tristeza e teve momentos em que acreditava que eu tinha algum problema, porque o João não era o homem que ele se transformam. Que suas leitoras não permitam que seus maridos bebam muito, que exista o controle desde o começo, porque quem bebe todos os dias se torna alcoólatra. Que nunca deixem de acreditar em Deus e que por mais que em alguns momentos elas se sintam sozinhas que um dia o próprio medo vai dar coragem , força e fé para darem a volta por cima".
 
Gentem eu resolvi não entrar nos detalhes que a Maria mandou por uma questão de preservar e respeitar a história de vida dela, até porque o esse bloco do blog nasceu em mim depois de ler esse e-mail da Maria.
 
Bjs e até o próximo post
 
Debby :)