Não!
Voltando em minha infância vejo
Que tinha ânsia em envelhecer; esquecendo.
Algumas vezes de alguns bons momentos viver.
O tempo que eu achava que corria fracionado
Hoje vejo que era muito acelerado...
Vejo-me correndo pela barra da saia da minha mãe a quem amava e ainda amo com muita paixão.
Quem me ensinou a respeitar o bom velhinho; o ancião.
E achava muita elegância aos zeros que o tempo, a vida na idade acrescentava. E mais ainda quando a mulher sabia se comportar dentro do intervalo da sua idade. Talvez pré-julgando aquela de 50 que se comportava como a de 20 que eu achava errado.
Mas meus botões adolescentes como sempre, se comportavam.
Se entendiam como se velhos fossem
E tão bem se davam.
Aos 30 pela minha nada mole vida, pela minha pressa em envelhecer, esqueci de amadurecer.
E atropelei algumas etapas que deveriam ser vivenciadas, experimentadas após os 30 e com uma certa estabilidade financeira e emocional. Mas a vida é tão mágica que às vezes penso ser surreal.
E me ensinou que quando Deus quer mesmo que eu não queira, eu vou saber crescer, sorrindo e algumas vezes chorando. Mas, vivendo como tem que ser.
Cada ano, acrescentado neste meu viver.
Pouco tenho do que me arrepender exceto do que não fiz, pois tudo que fiz a luz da minha razão no momento, naquele instante considerava como certo.
Chegando aos 40, antes me aterrorizava. Mas hoje me sinto sim como dizem por ai: ((((Veja meu posto especial 40 anos)))) AQUI
É quando enfrento meus medos em silêncio...
É quando grito meus sons às vezes mudo e outros estampados; não nas minhas rugas, mas nas minhas ações. Nas minhas atitudes.
E que venham os anos, que marquem na pele a minha história.
Em cada sulco, em cada ruga. Uma cor, uma marca de vida, de experiência...
Onde em cada novo amanhecer
Irei tecer com o mesmo amor, o mesmo carinho cada página na história da minha arte de envelhecer.
Fiz esse texto participando de uma ciranda poética em 26/06/2012 e achei "ao acaso" numa pasta de backup.
Bjs
Debby :-)