Clinica Odontológica Silvânia Rocha

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Outubro Rosa - Quimioterapa/Radioterapia




Meu tempo parou, minha vida parou porque por dentro eu sentia que vegetava.
A minha vaidade nessa época da quimioterapia tinha me abandonado ou eu abandonei ela.
Além dos vômitos, náuseas, mal estar geral, sentia um vazio muito grande dentro de mim. Esses efeitos duram poucos dias, mas durante o processo em que estamos na unidade tomando a infusão é que nos sentimos mais debilitada porque quando a medicação vai para nossa corrente circulatória os efeitos são imediatos.
Lembro nitidamente (e no momento até parece que estou sentindo aqueles efeitos.) que eu olhava e a medicação não acabava, parecia uma eternidade.
Dizia comigo mesma
- Meu Deus acabe logo com isso, eu não agüento mais.
Minha filha, ou cunhada, ou irmã, ou ex-marido, ou meu filho seguravam a minha mão e choravam junto comigo.
Muitas vezes eles tinham uma postura de fortaleza em minha frente, porém se revezavam na sala e hoje tenho certeza que eles saiam para não desabar em minha frente.
Ao voltar para casa sempre contava com a minha secretária que por sinal cuidava muito bem de mim, me dava gelo (para evitar vômitos, náuseas) , suco gelado, fora o suco de jenipapo que eu detesto aff eu nem queria beber nada só queria ficar quieta em meu quarto e sentir minha própria dor.
Segurei o máximo que pude, mas tinha momentos em que não segurava e as lágrimas teimavam em descer pelo meu rosto tão descolorido, tão sem vida.
Pêlo eu não tinha mais pelo meu corpo, unhas arroxeadas e isso me deprimia muito.
 Vânia e o filho.
Nossa! Como eu fiquei ... como mudei a minha aparência, acredite, nem me olhava pro espelho no inicio do processo.
Aos poucos fui me acostumando e tomando vontade de ficar mais bonitinha kkk maquiagem, lenços bonitos e etc.
Na radioterapia os efeitos são mais brandos, exceto ver aquela marca vermelha que marcava o local exato da aplicação. Foram 32 sessões de radio, minha mama já tão sofrida pelas irradiações ficaram pretas, e eu nada podia fazer. Só o tempo!
Um sentimento enorme de pena de mim mesma me inundava porque estava mutilada e não sabia o que a vida me reservava mais na frente.
Sempre fui temente a Deus e sempre pedi com muita fé que tudo aquilo acabasse logo se fosse para eu ficar boa.

Essa doença nos deixa cicatrizes profundas dentro e fora do corpo. E é, uma cicatriz muito feia, sei que meu médico fez o melhor possível, hoje já fiz minha plástica e creia está melhor que antes kkkk
Sempre quis que as pessoas conversassem comigo, me olhassem como eu olhava para elas.
Mas, olhar de pena, vixe ninguém merece, olhar de nojo muito menos. Mas tive alguns olhares de pessoas que me admiravam pela minha luta, pela minha coragem e pela minha força. Nem sei de onde vinha isso tudo.
Só queria mesmo era ser respeitada e tratada como uma pessoa normal e não ver as pessoas com o dedo indicador apontando para mim.

Meu nome é Vania Ribeiro Ventin tenho 58 anos de idade, tinha 50 anos quando descobri o câncer de mama, sou enfermeira auditoria. Junto com a Debby e esse espaço maravilhoso de interação e comunicação terei imenso prazer em relatar um pouco da minha experiência e mais ainda em ajudar, em informar sobre a prevenção do câncer de mama e dizer que com informação, prevenção e fé ele pode ter cura sim. Basta que a gente queira. Se você tem alguma dúvida, quer saber mais alguma coisa sobre o Câncer de mama pode me mandar um e-mail. vaniaventin@gmail.com
Se você se interessou por esta fase da minha vida, leia também
Outubro Rosa - SINOPSE

De acordo com um estudo realizado pela a OMS (Organização Mundial de Saúde). Mostra que metade de todos os fumantes chineses, e um terço dos fumantes indianos e vietnamitas, não sabem que fumar provoca doenças do coração. Mesmo em países desenvolvidos, como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e Austrália, entre um terço e metade dos fumantes não sabe que o fumo  passivo pode prejudicar o sistema cardiovascular.

No final de 2011, o Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba revelou que mais de 80% dos jovens iniciados sexualmente desconhecem a ação da contracepção hormonal e não têm qualquer conhecimento sobre o uso da chamada pílula de emergência.

Em 2010, outro estudo realizado pela UNICAMP mostrou que 22% dos ginecologistas desconheciam o mecanismo de ação da pílula de emergência, acreditando que ela seria  unicamente um método abortivo.

Eu acredito que muito mais que ignorância o pré-conceito é falta de informação.

E para você que está morrendo de curiosidade de conhecer a Vânia... ou vaniquita como eu carinhosamento a apelidei. Aliás apelido é comigo mesma kkkk
Aqui está essa amiga que amo de paixão.

Bjs e até o próximo post
Debby :)