As vezes fico pensando até onde o arrependimento mata, fere por dentro, transformando a vontade de voltar no tempo em um futuro melhor. Mas, a certeza de que aquilo que foi dito não pode ser desdito e imagina a desdita.
Como também o que foi feito desfeito..
E com o passar dos dias, vivendo cada gota de dor em alguns dias e em outros ouvindo o próprio sorriso iluminando o riso. Advém a sentença o que esta feito, tá feito.
Feito de agrado ou não, a verdade nos é cruel as vezes quando a bendita desdita é consequência e vem ao nosso encontro de viés desmeritando a causa.
Desmeritando a causa vem uma tsunami de sentimentos contraditórios por dentro. E as vezes você está numa sala cheia de gente, e o barulho do teu silêncio é tão grande que a única pessoa que consegue te ouvir é você mesmo.
Os dias passam, os meses mas a culpa é um sentimento tão destruidor que as vezes corrói a retina da esperança e você não enxerga as possibilidades que a vida, Deus lhe concede por não se achar merecedor.
A culpa como divisor de águas precisa fazer você sentir doer tão profundo o arrependimento para tua alma ter certeza de que não precisa, não merece e não vai fazer de novo. É um processo redentor, é quando você começa a entender que o que você ganha ou perde caberá só a você mesmo resolver.
É a self do retorno do jedi ... E ressurgem das cinzas sentimentos abandonados, corrompidos pelos atos, atitudes ou palavras impensadas.
E você aprende a se dar colo, a te acarinhar, a te proteger do mal que você mesmo pode te causar. E a cautela, a prudência renascem juntas com a coragem e a vontade de fazer tudo para não merecer que culpa ou o arrependimento te corrompam novamente.
E algumas vezes em nossas vidas precisamos passar por este processo pois ele é um profundo aprendizado, é quando a honestidade com você mesmo vem a tona e te defende de tudo que sua emoção, comoção, pena, falta de tato, razão ou maturidade não conseguem afastar de você.
As vezes somos tão cruéis conosco que a vida emana de formas diversas, conselhos em formatos de ombros amigos, frases em para-choque de caminhões, trechos de livros abertos aleatoriamente. E algumas vezes é tão preciso passar por isso ou aquilo para que nossa alma deguste com dor, lágrima, alegria e sorriso o quanto é bom ou não determinada situação. E aprenda!
É quando a vida exige, pede que sejamos mais humildes.
É quando aprendemos meio que por osmose a nos priorizar. E isso foi o que Jesus ensinou o tempo todo. Mas tudo em nossas vidas, é uma questão de prioridade.. Ele amou todos o tempo todo, o tempo todo ele amou a todos. Sem importar se o apedrejou, se zombou, se riu, se compreendeu, se chorou, se sentiu. Ele priorizou o amor... não esse sentimento medíocre, pobre e acima de tudo interesseiro que alguns de nós como pais e mães estamos passando para nossos filhos.
Aprendemos meio que por osmose que existe algo mais por trás daquela lágrima, daquela dor, daquela perda, daquela solidão, daquela loucura. E existe um ser humano, uma alma ali dentro que sente antes do corpo, que pressente, que luta, re-luta, que intui, que se conectava com o sagrado antes mesmo de ter renascido aqui neste planeta. Uma alma que sofre por não se conhecer a fundo e as vezes por não saber que tem meios de se conhecer.
E isso é aprendizado, é pegar os livros da vida, ler cada linha, escrever com atos, atitudes e ações novas histórias. Tendo a certeza de que o erro faz parte de todo e qualquer processo de aprendizado.
É quando aprendemos que a vida vai muito além de simplesmente viver. É um legado mágico, único que temos em nossas mãos, um legado pelo qual somos os únicos responsáveis pelas lágrimas e sorrisos. Legado pelo qual somos autores, protagonistas, coadjuvantes mas sempre donos de cada personagem por nós representado. É um legado do qual levamos para além desta mesma vida os sentimentos bons ou não, a impressão que tatuamos nas outras almas, os sorrisos ou mágoas que despertamos em outros corações. E não !
Não é a vida que nos destrói, não é o tsunami ou o choque das placas tectônicas são as nossas escolhas, os nossos sin's e nossos não's. São os limites que impomos ou não.
É quando aprendemos que as vezes o silencio ensina mais que mil palavras. Que algumas vezes não é para ser ou acontecer e que um dia teremos capacidade de entendimento para saber o porque. E que, o não algumas vezes vem de Deus, como um pai justo, amoroso assim como o meu pai, a minha mãe me disseram vários nãos e aqui estou. Desse jeitinho assim, um compendio de regras e limitações, de ponderações, de erros e acertos, de choro e de riso.
E assim minha medalha vai virando, sendo decantada, destilada pelas consequências, modelada, tatuada pelas minhas ações.
Bjs e até o próximo post.
Debby :-)