domingo, 10 de junho de 2012

Eu te amo não diz tudo!


Oi esse final de semana a minha velha amiga enxaquequinha resolveu me fazer companhia, quem tem sabe bem do que estou falando... e gosto de ficar quietinha, de preferência deitada em minha cama na penumbra do meu quarto. Só sinto falta de uma janela em meu quarto para amenhecer junto com o sol, acho mágico esse primeiro contato com o dia. Meu acordar é algo mais que mágico, é único... e gosto de sentir o brilho do sol ofuscar meus olhos acordando de vez a minha retina. Mas em dias assim  como esses últimos eu agradeço de não ter janela... pois com certeza ela estaria fechada o dia todo... a noite toda. Afinal a claridade é inimiga número 1 da dor de cabeça.
Ler também é outro inimigo que nós duas ficamos nos degladiando por horas a fio mas, ela sempre me vence pelo cansaço e pelo aumento da dor.. dai eu me rendo e até sinto o sorriso dela de vitória mas escrever para mim é que nem tomar banho é quase uma necessidade... e quando demoro sinto agonias enormes por dentro. É como se estivesse faltando alguma coisa para meu dia por mais simples que ele tenha sido ser considerado completo. inteiro.

Tenho isso desde pequena, meus diários que o digam... até que tomei um susto, mas um baita de um susto quando achei que tinha esquecido ele uma certa vez na sala de aula da faculdade. Pense numa pessoa que corria feito uma louca pelas ruas numa noite de chuva, mas uma baita de uma chuva... e quando chegou quase, quase com os bofes para fora olhando todas as cadeiras desesperadamente porque ali eu escrevia praticamente TUDO.. é isso mesmo que você leu TUDO... rs rs rs já tinha dado meu diário como perdido quando estava procurando o dinheiro dentro do ônibus completamente ensopada. E dedilhei nas coisas dentro da bolsa o aro inesquecivel dele. Do meu diário... rs rs e agora sou bem mais cautelosa.
E aqui estou eu... ainda com dor de cabeça, que nem miope catando as palavras de dor mesmo rs rs e achei esse texto aqui rascunhado e que leva o título do post.
Tem um tempo que escrevi ele e só lembro que o Arnaldo Jarbor num texto com o mesmo nome me inspirou..
E para não passar o final de semana em branco estou aqui para dizer que:
Dizer eu te amo algumas vezes não diz tudo
 
Quando tudo já está no automático em nossas vidas...
Quando a correria já tomou conta... quando qualquer coisa se torna mas importante e prazerosa do que estar nos braços do nosso "amado".
Quando sair mais tarde do trabalho já é default!!!
Quando aquele selinho perdeu o encanto do começo..
Quando o toque perdeu o tato e virou o alivio mais que imediato e voltamos a era dos primatas...
E não mais fazemos amor... fazemos sexo por pura compulsão e satisfação da carne
Mas continuamos,,,, insistimos em dizer... em pronunciar  "eu te amo!"
Para convencer talvez a nós mesmos de que realmente existe algo mais de sentimento, mais que o amor....esse já pegou o banquinho e saiu de mansinho que agente nem notou..
Ou melhor percebemos sim... mas deixamos ele ir!
Deixamos ele ir quando gritamos com o outro ao invés simplesmente de deixar ele desabafar.. a revolta dele também!!!
Deixamos ele ir quando não deixamos ele o amor nos amar...
Quando deixamos ele escapar entre nossos dedos..
É amor é pitoresco... é criativo...e quando tentamos controlar ele como tentamos em vão controlar o outro... Ele se manda!!! Literalmente!
Eu te amo não diz tudo !
Quando o seu cinema fica totalmente mudo!
Quando você se percebe como personagem de um monologo vão e totalmente vazio...
São dois mas na verdade é um só e cada um para seu lado... e no final do dia e da noite cada um diz eu te amo ! e está tudo bem !!
Não... sinceramente não está nada bem não.
É muito mais sincero... honesto fazer por meio de gestos...
de atitudes "eu te amo" e dizer tudo...

Débora Acácio em 14/02/2011
Inspirado no texto "eu te amo não diz tudo" de Arnaldo Jabor 
 
Bjs e até a próxima
Debby :)